Ministério do Turismo, Itaú, Globant, Act. e MAC Niterói apresentam

Un Lento Venir Viniendo
Capítulo I
Colección Oxenford
MAC Niterói

Com curadoria do poeta e curador argentino Mariano Mayer, a mostra é composta por 57 obras de uma das mais importantes coleções de arte contemporânea da Argentina, fundada pelo empresário Alec Oxenford. Este é o primeiro capítulo de um projeto itinerante que também será apresentado no Instituto Tomie Ohtake e na Fundação Iberê Camargo ao longo de 2023 e 2024.

19.11.2022 – 26.02.2023
De terça à domingo, das 10h às 18h
Entrada franca às quartas
MAC Niterói
Mirante da Boa Viagem, s/nº

Un Lento Venir Viniendo

Mariano Mayer

Un lento venir viniendo exibirá, pela primeira vez no Brasil, uma seleção das quase 550 obras de arte contemporânea argentina que a Colección Oxenford vem reunindo como parte de um ambicioso programa de aquisições que, ao longo de dez anos, contou com o assessoramento da curadora Inés Katzenstein.

Como acontece nos folhetins, cada uma das três exposições que compõem Un lento venir viniendo foi concebida como um capítulo dentro de um enredo em elaboração. O projeto, cujo título corresponde a um verso do escritor argentino Macedonio Fernández, reúne uma seleção de peças criadas por mais de 80 artistas. Cada exposição articula “uma emoção direta”, tal como postulou o escritor argentino, e propõe, por sua vez, uma modalidade de apresentação específica. Longe de nos desiludirmos com a impossibilidade de produzir uma metáfora que expresse de maneira plena e definitiva a arte de um contexto, Un lento venir viniendo descobre, na produção de um recorte de imagens, um guia com o qual é possível explorar campos significativos para a arte contemporânea argentina.

Cada um dos três capítulos que compõem Un lento venir viniendo dá atenção especial a um episódio cultural emblemático na vida artística dos contextos nos quais as exposições acontecerão: Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Situações, produções estéticas e acontecimentos foram selecionados não para estabelecer uma hipótese de análise, mas para desdobrar uma aproximação, um ato elusivo e, por sua vez, um exercício de vinculação.

Sob essa premissa, o primeiro capítulo remete ao curso livre de pintura dirigido por Ivan Serpa no MAM Rio, e à formação do Grupo Frente em meados da década de 1950. Uma abordagem que permite identificar algumas das formas de transmissão de conhecimento impulsionadas entre artistas e, a partir delas, refletir sobre os vínculos entre instituições, economia, amizade e colaboração.

Percorrendo a noção de influência, este primeiro capítulo descobre uma série de proximidades e rupturas que tal ação significou para a arte contemporânea argentina. Advertimos que a transmissão de experiências e posições entre artistas não formou um sistema linear organizado a partir de atos precursores, mas sim uma estrutura complexa, diferenciada e arcaica. Nesse sentido, é possível identificar a pintura como uma área de destaque, como um grande campo de ação que nos permitiu estabelecer diferentes direções para a própria linguagem pictórica e, por sua vez, possibilitou modelar diferentes áreas de intervenção e intercâmbio, ao longo das últimas quatro décadas. Por isso, é possível propor uma questão em torno da centralidade desse meio: como produzir arte?. E descobrir como a resposta a essa pergunta orientou o desenvolvimento de outras linguagens estéticas. A pintura, portanto, aparece como um campo de relações contra o qual se organizam os modos de ser, fazer e pensar a arte. Este primeiro capítulo permite comentar tal dinâmica a partir da contaminação entre arte conceitual e pintura (Alejandra Seeber ou Eduardo Costa); da atualidade e do desenvolvimento de atributos subjetivos e comunitários que permitiram atuar no cenário global (Guillermo Kuitca, David Lamelas ou Julio Le Parc); da distância acadêmica da linguagem pictórica (Marcelo Pombo, Juan Tessi, Alfredo Londaibere, Deborah Pruden ou Valentina Liernur) ou do vínculo entre materialidade e ação física (Mariana Ferrari, Karina Peisajovich, Marina de Caro ou Silvia Gurfein).

influência pode ser vista como aquilo que compele diferentes estruturas de transmissão de experiências artísticas – algo que, no contexto argentino, ocupa lugar central há várias décadas. São nesses espaços, concebidos como áreas de troca, aprendizagem e exposição, nos quais foram promovidas as várias formas de fazer arte. É através dos cruzamentos entre artistas em espaços e iniciativas – tais como o Instituto Di Tella, a galeria do Centro Cultural Ricardo Rojas, as bolsas de estudo Kuitca, o coletivo argentino Duplus, os grupos de acolhimento conhecidos como clínicas de artistas, a galeria Belleza y Felicidad ou o Programa de Artistas da Universidade Torcuato Di Tella – que muitas das práticas que percorrem a exposição foram ampliadas.

A linguagem e a literatura, assim como outras disciplinas narrativas, aparecem como formas distintas de influência que habitam este primeiro capítulo, definindo suas coordenadas de sentido de diferentes maneiras. Letras e palavras, usadas como materialidades gráficas, mas também como cadeias de significantes, que compõem, decompõem e recompõem geometrias variáveis e referenciam explicitamente obras literárias (Pablo Accinelli). Da mesma forma, há obras que exploram o livro e sua organização retórica (Fabio Kacero); objetos que, uma vez expostos dentro da sala, ratificam a aliança que a arte contemporânea selou com todos os procedimentos de estranhamento conceitual; e obras que expandem sua trama de sentidos para os gêneros narrativos adjacentes (Sebastián Gordín, Marcelo Alzetta, Joaquín Aras, Liliana Porter ou Federico Manuel Peralta Ramos).

O desaprender pode ser entendido como uma modalidade construtiva e, nesse sentido, também é um fator que influencia a produção de uma série de artistas. Existe um caminho, uma disciplina, uma técnica e, portanto, um tipo de resultado. Algumas das obras aqui reunidas expressam sua distância disciplinar com absoluta clareza, e mostram modos de fazer que estão longe dos padrões estabelecidos (Fernanda Laguna, Cecilia Szalkowicz, Jorge Gumier Maier, Jane Brodie, Florencia Bohtlingk, Deborah Pruden, Alberto Goldenstein, Eduardo Navarro ou Diego Bianchi). Esse dandismo, assimilado como motor de produção, permite, por sua vez, fazer da própria identidade um projeto coerente, definitivo e sistemático.

As reminiscências e os elementos eminentemente urbanos fazem da cidade mais do que um tema, mas uma constante que também exerce sua influência. É possível descobrir fragmentos da cidade na má funcionalidade e nas soluções arquitetônicas precárias (Diego Bianchi); nos caminhos escultóricos que os detritos urbanos produzem (Jane Brodie); na encruzilhada entre arquitetura, corporeidade, lazer e topografia (Bruno Dubner) ou na ressignificação de objetos domésticos (Daniel Joglar) e dispositivos de comunicação urbana (Claudia del Río). O urbano surge, assim, em sua faceta mais funcional e menos luminosa, e se expõe sem atributos, suspendendo toda ação poética.

Na ampliação de vínculos e trocas sociais que a arte possibilita, poderíamos descobrir a mais inespecífica das formas de influência e, ao mesmo tempo, a mais efetiva de todas. As relações afetivas, os vínculos e suas múltiplas formas atuam como matriz. Dessa maneira, esse alto nível de troca social opera como uma membrana protetora contra a solidão da criação artística e, ao mesmo tempo, possibilita que a arte funcione como um refúgio. É por meio da efervescência possibilitada pelas trocas sociais que a arte contemporânea argentina desafia o mundo conhecido.

Arte e Pedagogia: Dois Caminhos

Pablo Lafuente (curador convidado)

Processos de educação sempre implicam mudanças, tanto individuais quanto coletivas. A maneira que essa mudança acontece depende, no entanto, dos valores, métodos e visões por meio dos quais a educação opera, e, nesse contexto, continuidade e construção podem ser elementos tão comuns quanto atos de questionamento e reconfiguração. Talvez sejam duas abordagens, bem como tradições, que fazem parte de todo processo de mudança por meio da educação; ou talvez essa afirmação seja o resultado de uma insistência em uma compreensão dialética de como o mundo, ou algumas coisas nele, funcionam.

A pedagogia conduzida, tanto pela arte quanto para a arte, também pode ser compreendida nesses dois caminhos. Os artistas aprendem sua atividade, muitas vezes, através do intercâmbio com outros artistas. A arte pode ser usada tanto para ensinar àqueles que não são artistas, quanto para ensinar algo além da arte em si. E pode ser usada para instruir nas escolas, mas também em museus, na rua, ou literalmente em qualquer lugar. Em todos esses modos e espaços, quando se trata de ensinar arte, ensinar através da arte, ou até ensinar sobre arte, a ênfase pode estar na construção de um terreno comum, compartilhando referências, ferramentas, ideias e métodos, os quais nos permitem fazer parte de uma comunidade, assim como garantir sua persistência. Ou também podemos optar por interpelar as estruturas e ideias recebidas, com o objetivo de questionar uma maneira de ser e fazer que mantém o status quo o qual integramos.

Como se fosse uma fábula, ou uma narrativa de origem, esses dois caminhos podem ser exemplificados por duas criaturas, ambas de extrema importância para alguns povos originários das Américas: a cobra e o gambá.

A cobra-canoa é, para os Desana, os Tukano, os Baniwa e outros povos do Rio Negro, a responsável pela origem da humanidade. Em sua viagem, partindo da Baía de Guanabara, passando inicialmente por toda a costa nordestina do Brasil e depois pelo rio Amazonas e o rio Negro, aqueles carregados por ela tornaram-se pessoas que posteriormente fundaram as cidades e aldeias que ainda povoam suas margens. Essa narrativa da origem se repete uma e outra vez nos relatos de pajés e anciãos, e só recentemente na forma escrita. A existência continuada desses povos passa pela repetição de uma narrativa que é contada repetidamente, compartilhada por quem faz parte da comunidade e vive no mesmo território – o qual, mais do que um lugar, é uma relação, um modo de vida. Para preservar esse modo de vida, o mito da cobra-canoa precisa retornar por meio dos relatos dos líderes das comunidades, de maneira que outros possam aprendê-lo e, eventualmente, passá-lo adiante. A encenação, assim como um constante processo de partilha e escuta, são formas de preservar ferramentas ancestrais que nos ajudam a viver em um mundo em constante mudança.

O gambá, com seus vários nomes (zarigüeya, mucura, sarigué, saruê, timbus, zorro, tlacuache, raposa, huanchaca, comadreja, rabipelado, canchaluco…) está presente em praticamente todos os biomas das Américas, mas é nas regiões da Mesoamérica e dos Andes que pode ser encontrado em narrativas cosmológicas. Fóssil vivo, com uma estrutura anatômica que não muda há mais de 65 milhões de anos, o gambá é uma criatura da noite e também um marsupial – e, portanto, assim como a cobra-canoa, seu corpo funciona como um recipiente, uma embarcação. Mas seu caráter excepcional diz respeito a outro aspecto: a maneira como ele reage ao perigo. Quando sua vida está em risco, seus sinais vitais diminuem imediatamente, seus músculos paralisam, seus lábios se retraem e seu corpo libera um cheiro de decomposição, o que muitas vezes lhe permite escapar da condição de presa. Para evitar a morte, por impulso, finge estar morto. E quando desperta, passados alguns minutos ou horas, continua a fazer parte do mundo dos vivos, tendo tido uma experiência no plano dos mortos ao qual (ainda) não tem direito. Sua estratégia de defesa, a maneira de evitar seu fim, leva o gambá a um mundo que não é para ele – para depois voltar e romper com as separações ditadas pela ordem cosmológica. E não volta de mãos vazias. Volta com os saberes e experiências que teve a oportunidade de acessar: nas narrativas mesoamericanas, como um Prometeu, ele traz fogo aos humanos, enquanto no Equador de hoje, é considerado uma criatura da fofoca, que nem precisa abrir a boca para ativar seu potencial de desestabilização. A mera possibilidade de sua fala, sua própria presença, assim como sua existência, são disruptivas em si mesmas. 

Se a cobra constrói comunidade através da repetição do ancestral, o gambá rompe a ordem através de seu desprezo e desrespeito pelas estruturas e legitimidades. Ambas as presenças são simbólicas, e seus impulsos, além de divergentes, podem ser contraditórios, dependendo da forma como são encenados. Talvez porque o gambá seja ofiófago: ele é imune ao veneno da cobra e pode, inclusive, se deliciar com ela. 

Como formas de compreender o processo da pedagogia, é tentador abraçar o gambá como o mediador cultural que, operando dentro da instituição de arte e educação, reconfigura espaços, acessos, saberes e possibilidades. Um forasteiro, ou pelo menos uma figura subalterna, cujo próprio corpo, função e comportamento implicam a possibilidade de uma reconfiguração que, em última análise, poderia desfazer a instituição a partir de dentro. Ao redesenhar as linhas de autoridade e legitimidade, ele relativiza a importância do espaço institucional que ocupa e expõe seu privilégio; ele traz fragilidade, ao invés de consolidação. 

E, enquanto comedor de cobras, suas ações enfraquecem os processos comunitários. A mediação artística ou cultural – entendida como um percurso de reconfiguração – atua contra a manutenção da tradição, fundamental para a persistência dos povos indígenas e suas culturas, entre outras organizações sociais. A narração recorrente da história da cobra-canoa não aumenta o capital cultural das comunidades; ela fornece seus fundamentos. O gambá cava buracos abaixo disso tudo. 

A ânsia do gambá de fingir-se de morto, estratégica, porém involuntária, assemelha-se a uma concepção a respeito dos artistas, como aqueles que questionam cada situação na qual encontram-se presos. É como se fossem obrigados a fazer isso para garantir a sobrevivência de si mesmos – enquanto artistas e pessoas. Como se rejeitar, desfazer e questionar fossem as únicas maneiras de realmente criar um espaço para si, livres de determinações. A arte, então, como uma ferramenta de libertação. Se assim for, não é o cenário (a escola de arte, a escola, o museu ou a exposição) que define o estado de liberdade, mas um movimento: o momento da emancipação, da autodeterminação, é um ato de diferenciação, de liberação de dinâmicas e demandas recebidas e de deslocamento em direção aos outros; levar essa dinâmica para outro lugar, para o mundo, como algo que foi aprendido ainda que precisamente para ser desaprendido. 

Trata-se do momento depois, não necessariamente como consequência de ou apesar de. Longe da cena, em um lugar onde as coisas não são mais visíveis ou acessíveis a todos. Aqui pode residir uma possível estratégia para evitar um confronto direto entre os caminhos da cobra e do gambá e, portanto, o risco de um ser aniquilado pelo outro. Tanto a cobra quanto o gambá são criaturas furtivas, visíveis apenas quando se fazem ver, o que também pode significar uma situação de risco. Assim como eles, os processos da educação na arte e pela arte também podem acontecer em outro lugar, fora das instituições – os fluxos acontecem fora da visibilidade concedida pela plataforma institucional, e esses momentos não precisam ser incorporados a ela. A seu critério, a cobra e o gambá nos mostram que qualquer conflito ou contradição entre eles não precisa ser resolvido à vista do público, e que a busca por síntese e resolução é, talvez, uma cortina de fumaça. Que a defesa de comportamentos intransitivos, de ações que não visam um resultado ou respondem a uma função específica, seja fundamental para uma pedagogia que queira explorar todo seu potencial. E assim, a cobra e o gambá podem coabitar, não necessariamente se confrontando, mas olhando para várias direções ao mesmo tempo.

Este texto é resultado de experiências de trabalho com educação em contextos institucionais, como professor em uma escola de arte; como coordenador de um programa de educação em um centro cultural; como diretor artístico de uma instituição dedicada à arte e cultura; e de muitas outras instâncias em que arte e educação se unem. O interesse e os engajamentos continuam, e esses pensamentos são, portanto, um trabalho em andamento.

Lista de artistas

Alberto Goldenstein

Alejandra Seeber

Alejandro Ros

Alfredo Londaibere

Ana Vogelfang

Bruno Dubner

Cecilia Szalkowicz

Claudia del Río

Daniel Joglar

David Lamelas

Deborah Pruden

Diego Bianchi

Eduardo Costa

Eduardo Navarro

Fabio Kacero

Federico Manuel Peralta Ramos

Fernanda Laguna

Florencia Bohtlingk

Guillermo Kuitca

 

Jane Brodie

Joaquín Aras

Jorge Gumier

Maier Juan Tessi

Julio Le Parc

Karina Peisajovich

Liliana Porter

Luis Garay

Marcelo Alzetta

Marcelo Pombo

Mariana Ferrari

Marina de Caro

Pablo Accinelli

Pablo Schanton

Rosana Schoijett

Sebastián Gordín

Silvia Gurfein

Valentina Liernur

LEI DE INCENTIVO À CULTURA

PATROCÍNIO
Itaú
Globant

ORGANIZAÇÃO

Act.

Fernando Ticoulat

João Paulo Siqueira Lopes

Marina Dias Teixeira

CURADORIA

Mariano Mayer

ASSISTENTE CURATORIAL

Renato Mauricio Fumero

COORDENAÇÃO EDITORIAL

Yasmin Abdalla

DESIGN EDITORIAL

Cecilia Szalkowicz

Vanina Scolavino

COLECCIÓN OXENFORD

COORDENAÇÃO

Erica Bohm

PRODUÇÃO EXECUTIVA

Automatica

Luiza Mello

Mariana Mello

Marisa S. Mello

Julia Rebello

Lucas Alberto

PRODUTORA

Sofia Gravina 

 

SINALIZAÇÃO

Felipe Chodin

Camila Regueira

EXPOGRAFIA

Estúdio Chão

Adriano Carneiro de Mendonça

Antonio Pedro Coutinho

João Victor Assad

Leonardo Ribeiro

ILUMINAÇÃO

Samuel Betts

Belight

MONTAGEM

Superarte

MUSEOLOGIA

Debora Reina

TRANSPORTE

Immensum

Delmiro Mendez E Hijo

SEGURADORA

Affinité Equipamento

EQUIPAMENTO AUDIOVISUAL

Boca do Trombone

CENOTÉCNICO

B Larte Soluções técnicas

Elizeu Paiva de Melo

TRADUÇÃO

Giancarlo Ranieri 

 

REVISÃO E COPIDESQUE

Sylvia Monasterios

COMUNICAÇÃO

A4 & Holofote

ASSESSORIA JURÍDICA

Oksman Advocacia

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO

Fiscalizo

PARCERIA INSTITUCIONAL

MAC Niterói

DIRETOR GERAL

Victor De Wolf

DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL

Luciana Morena

DIRETORA DE MUSEOLOGIA

Angélica Pimenta

DIRETOR ADMINISTRATIVO

Valdir Almada

REALIZAÇÃO

Secretaria Especial da Cultura 

Ministério do Turismo

Governo Federal